Resenha do livro: Flores para Algernon, de Daniel Keyes

 


Publicado há mais de 60 anos, "Flores para Algernon" tem ganho o coração dos leitores nos últimos meses. Incluindo o meu 😝

Contexto atemporal, esse livro convida o leitor a refletir sobre o que realmente é importante. O conhecimento? A inteligência? Os amigos? A família? O amor? O que você mais almeja? O que deixará você realizado ao fim da vida? 🤔

Charlie, o protagonista dessa história, acredita que é ser inteligente. Para ele um QI maior vai trazer todo o resto. Mas, a ironia aqui é justamente demonstrar que nem tudo que reluz é ouro.

O autor Daniel Keyes mostra como problemas presentes lá na década de 50 ainda nos perseguem: a incansável busca por aprovação, a mania diária de comparação, o nosso complexo de inferioridade, mesmo quando aparentemente temos tudo.

Uma ficção científica, que chama a atenção para um ponto extremamente real: o que define uma pessoa como normal? O que dá direito a sociedade em considerar um indivíduo anormal, excluí-lo de seu meio e desprezá-lo? Questões enraizadas em nossa história e que nos fazem refletir sobre o poder do preconceito sobre o outro.

Vale ressaltar também como o autor soube conduzir de maneira surpreendente cada capítulo. A narrativa apresentada nos faz criar grande empatia com o personagem. Poder acompanhar o amadurecimento de seu intelecto, personalidade e as relações sociais, traz a sensação de entendimento ao leitor. Nós entendemos pelo que ele está passando, cada nova descoberta, cada nova decepção.

"Flores para Algernon" é um livro denso, triste e que não vai sair da sua mente por um bom tempo. 👉 Necessário, esta é uma experiência de leitura que indico a todos.

️ Quem por aqui também já leu essa obra? E quem ficou curioso com essa leitura? Quero saber a opinião de vocês!

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