Resenha: O segundo sexo, de Simone de Beauvoir

Foto Luna literária


O segundo sexo
SIMONE DE BEAUVOIR
936 páginas
Sociologia
Editora Nova Fronteira

O segundo sexo foi publicado originalmente em 1949 e consagrou Simone de Beauvoir na filosofia mundial. A obra, no entanto, não ficou datada e tornou-se atemporal e definitiva. Este boxe traz a divisão original em dois volumes. No primeiro volume, a autora aborda os fatos e os mitos da condição da mulher numa reflexão fascinante. Já no segundo, Simone de Beauvoir analisa a condição da mulher em todas as suas dimensões: sexual, psicológica, social e política. Uma obra fundamental, que inaugurou um novo modelo de pensamento sobre a mulher na sociedade.

Imagine falar sobre feminismo em uma época na qual esta palavra nem ao menos existia? Foi exatamente isso que Simone de Beauvoir fez.

“O segundo sexo”, publicado em 1949, debate principalmente, entre os aspectos social, psicológico e biológico, o que é ser mulher. Mas, para que levantar todo um estudo sobre este assunto? Simples, Beauvoir nos mostra que nada justifica, em toda a história!, sermos menos que os homens.
“o mundo sempre pertenceu aos machos”.

O primeiro volume, “Fatos e Mitos, trata justamente sobre as verdades e mentiras acerca da condição da mulher. A autora faz toda uma viagem para retratar como era a vida das mulheres desde as épocas mais remotas, até as atuais. Já em sua sequência, “A experiência vivida”, Beauvoir faz uma análise sobre a experiência do feminino e é neste que sua famosa frase está gravada nas páginas:
“ninguém nasce mulher: torna-se mulher”.

Responsável por consagrar a autora, esta obra consegue ainda ser totalmente atemporal. Mesmo tendo sido publicada no fim da década de 40, todos os assuntos ali retratados ainda são atuais.

Esse livro é extremamente importante para aqueles que desejam pesquisar sobre o gênero e também que buscam entender mais sobre o feminismo. Foi a partir desse livro que muita coisa mudou e passamos a pensar de maneira diferente, enxergamos o que já desconfiávamos, que o papel da mulher não precisa ser apenas um, não estamos fadadas a reprodução. Não somos menores, apenas por sermos mulheres.

Para finalizar, o livro traz muito mais do que as minhas palavras aqui dizem. São páginas complexas, para serem lidas com calma e no tempo que for necessário. Vale a pena? Muito. É muito mais do que apenas uma edição bonita na estante. É a nossa história!

E aí, você já conhecia essa obra?

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