Sangue Quente é o livro de estreia de Isaac Marion, e o autor conseguiu começar inovando já no seu primeiro livro. Quando foi lançado, em 2011, o assunto em alta eram vampiros com todas as suas novas adaptações. Porém, ele decidiu abordar um apocalipse zumbi através da perspectiva do próprio zumbi. E é ai que entra R (sim, esse é o seu nome) e toda a história que gira em torno do mesmo.
“O que tem de errado
comigo? Olho para minha mão e sua carne cinza e pálida, fria e dura, e sonho
com ela rosa, quente e flexível, e que pode manejar, construir, acariciar.” –
R.
Título: Sangue quente
Autor: Isaac Marion
Páginas: 256
Editora: Leya Brasil
R não consegue recordar
qual seu verdadeiro nome, de onde veio, ou o que fazia quando humano. Sua única
lembrança é achar que o seu verdadeiro nome comece com a letra “R”. Ele
consegue pronunciar apenas algumas sílabas, mas ele é profundo, cheio de
pensamentos e saudades. E o mais importante, sonhos!
Como em qualquer outra
história sobre zumbis, R se arrasta, geme e, obviamente, caça humanos. No
livro, diferente de tudo o que já vimos até o momento, ao comer um pedaço de
cérebro humano, ele acaba tendo acesso a algumas lembranças do mesmo. R não
gosta de matar, porém é um instinto que possui, mas que consegue refrear quando
preciso.
Após vivenciar as
memórias de um adolescente enquanto devorava seu cérebro, R faz uma escolha
inesperada, que começa com uma relação tensa, desajeitada e estranhamente doce
com a namorada de sua vítima. O instinto de protegê-la é maior que a própria
fome. Afinal, será possível um zumbi ter sentimentos? Conseguir combater a fome
através do amor?
A obra é cheia de
detalhes, pois é de se esperar que os diálogos entre os zumbi sejam difíceis,
com um toque primitivo. Vale ressaltar também o melhor amigo de R, o M. Você
vai dar ótimas risadas com ele. Sangue Quente fala sobre estar vivo, estando
morto, e a tênue linha que os separa.
Para quem não sabe o
livro tem uma adaptação cinematográfica que se chama “Meu Namorado é um Zumbi”.
É um filme bem leve, assim como a leitura, que te prende e faz dar boas risadas.
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