Livro escrito pela Pam Gonçalves que tem como personagem
principal a Alina. Ela é uma garota tímida que não tem noção do poder que tem.
Exemplar, ótima filha que sempre foi bem acima da média nos estudos. Agora de mudança
para Pedra Azul – uma cidade universitária em Santa Catarina–, terá que
conviver longe de tudo o que conhece e da proteção dos pais. O que não a
assusta tanto, pois ela quer tentar deixar seu “eu” passado para trás.
"Eles dizem que só querem nosso bem, mas fica difícil
quando não querem nem mesmo pensar no que nós queremos."
Título: Boa noite
Autora: Pam Gonçalves
Páginas: 240
Editora: Galera Record
A mudança acontece muito rápida e logo já estamos
acompanhando sua chegada à República das Loucuras, sua nova moradia. Lá ela
conhece a divertida Manuela; o casal apaixonado Talita e Bernardo; e Gustavo.
Os colegas que aos poucos vão se tornando sua família.
De cara ela enfrenta problemas em sua turma de Engenharia da
Computação. Por ser tratar de um curso em que ainda há um número maior de
estudantes homens, ela e suas amigas sofrem muito preconceito. Porém, ela está
ali para mostrar do que é capaz e ninguém determinará o que ela pode ou não
fazer. Muito menos medir o seu potencial.
Outro ponto da historia é todo o mundo novo que ela
descobre. Por exemplo, as festas universitárias. É a partir daí, mais ou menos
após as 100 primeiras páginas, que desenvolve o segundo ponto forte do livro: drogas
na faculdade para facilitar o abuso sexual. É mais ou menos em volta desse tema
que a história se desenrola.
A história é escrita em primeira pessoa, narrada por Alina
personagem principal e de maneira simples e direta trata sobre vários
sentimentos e conflitos e um deles é o preconceito que mulheres sofrem em
diversas situações. Além disso, a Pam traz a tona assuntos como homofobia,
machismo, bullying, feminismo e abuso sexual.
Eu amei muito a obra e entrou para os meus favoritos de
2016. Terminei o livro tendo certeza que ele deveria ser leitura OBRIGATÓRIA
para jovens adolescentes, alertando e encorajando ainda mais para denunciar
casos de abusos sexuais. E o mais importante, reforçar a tecla de que nós não
somos inimigas, mas sim amigas. Que a culpa NUNCA é da vítima e que a mesma não
está sozinha. É nosso dever apoiar! Acho que já ficou claro o quanto eu
recomendo a obra né?
0 comments