É assim que acaba, de Colleen Hoover


“O que determina o caráter de uma pessoa não são os erros cometidos.
É como ela usa esses erros e os transforma em aprendizados, não em desculpas.”

É assim que acaba
COLLEEN HOOVER
368 páginas
Romance
Editora Galera Record
Onde comprar: Amazon
Avaliação: 5/5 🌟
*Livro cedido por meio de parceria

Lily nem sempre teve uma vida fácil, mas isso nunca a impediu de trabalhar arduamente para conquistar a vida tão sonhada. Ela percorreu um longo caminho desde a infância, em uma cidadezinha no Maine: se formou em marketing, mudou para Boston e abriu a própria loja. Então, quando se sente atraída por um lindo neurocirurgião chamado Ryle Kincaid, tudo parece perfeito demais para ser verdade. Ryle é confiante, teimoso, talvez até um pouco arrogante. Ele também é sensível, brilhante e se sente atraído por Lily. Porém, sua grande aversão a relacionamentos é perturbadora. Além de estar sobrecarregada com as questões sobre seu novo relacionamento, Lily não consegue tirar Atlas Corrigan da cabeça — seu primeiro amor e a ligação com o passado que ela deixou para trás. Ele era seu protetor, alguém com quem tinha grande afinidade. Quando Atlas reaparece de repente, tudo que Lily construiu com Ryle fica em risco. Com um livro ousado e extremamente pessoal, Colleen Hoover conta uma história arrasadora, mas também inovadora, que não tem medo de discutir temas como abuso e violência doméstica. Uma narrativa inesquecível sobre um amor que custa caro demais.

Lily Bloom cresceu em um lar conturbado pela violência doméstica. O pai perdia a paciência facilmente e agredia a mãe. Atualmente, a jovem já está formada na faculdade, morando sozinha e com o pai morto. Este é o ponto de partida da obra, o discurso no funeral, quando a garota não consegue citar se quer uma coisa positiva sobre o homem que a criou.

É na noite após todos esses acontecimentos que Lily conhece um neurocirurgião cheio de atitude e muito atraente. O desejo por Ryle Kincaid é instantânea, porém o homem tem aversão a relacionamentos e deseja apenas estar focado no trabalho. Mas, o destino sabe o que faz e dá um jeito de colocar ambos juntos novamente.

Preparada para embarcar em um novo relacionamento dos sonhos, uma alma do passado resurge na vida da protagonista. Atlas Corrigan, o primeiro amor e dono de uma história incrível. O que esses personagens viveram foi lindo e impossível de deixar guardado no passado. Este poderia ofuscar os sentimentos e colocar em risco o romance com Ryle?

Vale ressaltar que mãe de Lily nunca denunciou o marido, nem quando o mesmo agrediu a filha e um desconhecido. Crescer nesse meio, vivenciar as inúmeras agressões não foi fácil e por isso a jovem encara diversos problemas de confiança. O questionamento diário era “porque minha mãe não o denuncia?” ou “porque ela não o deixa?”. Anos mais tarde Lily saberia exatamente o motivo.

A escrita da Colleen Hoover continua maravilhosa, assim como nas outras obras dela que já tive oportunidade de conhecer. Narrado pelo ponto de vista da Lily e com imersões ao passado por meio de cartas destinadas a Ellen DeGeneres, o passado funciona de maneira perfeita para entendermos melhor toda a trajetória da garota e também do personagem Atlas.

Talvez, para mim, o único ponto negativo de todas as páginas seja a pequena necessidade de se dar um motivo para certo homem da estória ter atitudes de violência. Achei esse ponto um tanto quanto forçado e diria até desnecessário. Mesmo assim, não anula o debate que o livro traz.

O meu sentimento ao longo das páginas foi revolta e ao finalizar fiquei abalada e triste com as situações que as personagens enfrentaram. É impossível não sentir cada briga, lágrima ou agressão.

CoHo escreveu uma estória baseada em acontecimentos da própria família, e por isso acredito que tenha ficado tão fiel a realidade. O final para mim foi o ponto mais alto de todos os capítulos. Lily foi forte e decidiu pela escolha certa. Gratidão pela Colleen ter debatido sobre um assunto tão importante quanto à violência doméstica.

E ai, você ficou curioso com esse enredo? Quem já leu, gostou? Vamos conversar!

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